terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dialogue

– Pára de esconder.
– O quê?
– O que tens vindo a esconder.
– Não estou a esconder nada!
Os seus olhos estavam muito sérios. Mas depressa se adoçaram com o olhar perplexo da rapariga.
– Estás a fazer aquilo de novo…
– O quê? – perguntou ele, soltando uma leve gargalhada.
– A fazer esse olhar…e esse sorriso.
– Sabes o efeito que sempre causaste em mim.
– Sei. Sempre soube.
– Mas continuas a esconder…
– O quê?!
– O que sentes. O que sempre sentiste.
– Arrependo-me todos os dias…deverias saber.
– Não tive outra opção a não ser seguir em frente…
A cara dela ia se tornando cada vez mais triste. Com as lágrimas já nos olhos, suspirou – Eu nunca te larguei. Nunca te deixei partir de verdade.
Ele manteve-se calado. O seu sorriso foi se apagando com as palavras da rapariga e os seus olhos tornaram-se amargurados.
Ela insistiu uma última vez – É demasiado tarde, não é? – uma lágrima derramou pela sua face.

Sem comentários:

Enviar um comentário