Os trunfos
terminaram.
Andava, novamente, viciado
naquele jogo infernal há meses e só tinha obtido um resultado, a derrota. A primeira
era, claro, inevitável. Já sabia o que esperar quando entrara no jogo, apesar
de haver um pouco de esperança de que a sorte sorrisse. Completa e absurdamente
errado.
O simples pensamento
de voltar a outro jogo era insuportável. Mas as regras parecem ter mudado
inesperadamente. O jogo ficou de alguma forma apelativo, e, apesar de estupidamente
iludido, estaria a jogar mais depressa do que esperara. Mas o maior erro de
todos foi cometido, erro esse que já deveria ser bem mais do que tido em conta
pelas tão repetidas derrotas com base nele, a plena e cega confiança no fado. O
trunfo que pensara ter perdeu-se no caminho. O jogo estava perdido.
Agora nada resta
para jogar, além da fé de que as regras mudem o suficiente para apelar a nova
aposta. Ou que a vontade algum dia renasça.
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